segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

sábado, 27 de dezembro de 2008

são onze e cinco, e eu acordei às dez.
embora eu tenha ido deitar umas quatro e quinze, só fui pegar no sono depois das cinco.
Sim, eu tava com sono, mas resolvi tentar fazer uma viagem astral.
Eu estava deitada de bruços e fiz tudo o que eu me lembrava: me mantive parada, concentrada em mim mesma, buscando o silêncio – horário perfeito pra isso.
Comecei a sentir um leve formigamento nos braços e nos pés, mas acho que não foi o suficiente pra me elevar.
Daí deitei de barriga pra cima e fiquei muito parada, com os braços em volta do corpo, tentando respirar suavemente – qualquer movimento e eu não conseguiria fazer a tal viagem.
Tentei visualizar o caminho que eu queria percorrer – acreditem e não riam, eu queria ir encontrar o Joe. Mentalizei nitidamente o rosto dele e repeti a mim mesma "eu posso fazer isso / eu estou voando / eu sei que não vai me acontecer nada de mal" e coisas positivas do tipo.
Meu corpo começou a formigar – eu fiquei com medo do meu pé se mexer, de tanto que ele estava formigando, e me mantive bem rígida, controlando a respiração e os batimentos cardíacos. Isso é a parte mais difícil, porque meu pé começa a pulsar muito forte sozinho.
Me concentrei com todas as minhas forças pra dizer a mim mesma que eu estava voando. Falei isso muiitas vezes.
E então simplesmente aconteceu. Eu comecei a me sentir subindo, subindo e subindo. Eu nunca lembro do momento em que eu pego no sono, mas eu tinha certeza de que era assim que a gente ficava – meio abduzidos por qualquer coisa, mas ainda assim se sentindo vivo como nunca.
Mais vivo que um corpo obeso de menina pode fazer você se sentir.
Eu devia me sentir meio morta, e devia sentir medo por estar fora do corpo conscientemente e induzidamente pela primeira vez – mas me sentia só totalmente diferente, livre e, no máximo, cautelosa.
Afinal eu estava certa: as pessoas sempre fazem coisas mais interessantes durante a noite. Foi uma sensação realmente boa. Realmente incrível.
Eu ainda respirava – espíritos sem corpo, embora não precisem, normalmente mantêm o hábito de respirar, embora, claro, possam ficar perfeitamente bem sem a respiração – mas ignorava se meu coração batia ou não. Enquanto eu ainda estava no corpo meu pescoço tava coçando e minha barriga tava roncando, mas eu fui subindo e subindo, formigando cada vez mais, e fazendo um esforço enorme pra não mexer principalmente as pálpebras e os pés, que são as partes mais difíceis de manter paradas – sabe lá dels o que ia me acontecer se eu caísse do nada de volta no corpo; o mesmo que aconteceria se um elefante caísse em cima de uma boneca Polly, acho. Posso dizer que flutuei tipo um metro acima de mim mesma.
Então me acalmei, respirando fundo e continuando imóvel, e disse que ia voltar pro corpo. Fui descendo devagar, como se eu estivesse mergulhando adormecida no oceano – como aqueles personagens de desenhos, que estão dormindo, são jogados na água e vão caindo suavemente, ondulando até o fundo do oceano sem acordar, sabe? É um bom modo de descrever.
Eu não fiquei com medo, mas resolvi ser muito cuidadosa – eu simplesmente não podia ir de Araçatuba a Chicago na minha primeira viagem astral. Não foi exatamente uma viagem astral, acho – só uma projeção astral, porque eu saí pra fora do corpo conscientemente mas não fui a nenhum outro lugar.
Fui descendo devagar, e quando me senti de volta à altura normal, mexi primeiro o pé e depois abri os olhos.
Virei de lado pra dormir, ainda sentindo meu corpo formigar um pouco, e demorei pra pegar no sono.
Aê galerë, vou lá comprar alguma roupa e provavelmente um brunch – que fome, cara.
Bjs.


14:15, voltei.
Eu devia ter ficado em casa dormindo, porra!
Fui em todas as lojas de roupa que eu conheço e não achei um maldito short 48.
Na Tanger era o único lugar que tinha roupa pra gente obesa, mas não tinha short curto, só umas bermudas horrorosas.
Depois tentei encontrar mais um vestido, ou uma blusa decotada pra me sentir bem e pensar "posha viads, foda-se o short, pelo menos tal coisa fica bem em mim", mas não tinha nada bonito, barato e do meu tamanho.
Encontrei a mãe das gêmeas na Riachuelo e ela disse pra eu ligar pras meninas, que elas vão passar o reveillon na 727 – com os namorados, óbvio, mas eu quero ir.
Já passei tempo demais mofando em casa, esperando o príncipe encantado aparecer montado num jegue – empacado. Só pode ser isso, com essa demora.
Aí eu ia na sumirê comprar colar, gloss e esmalte, pra me sentir superbem, mas lembrei da faixa de cabelo da pink biju que eu queria comprar e fui lá.
Saí de lá com uma faixa de cabelo prateada e as orelhas furadas – não uso brinco há dois anos.
Nem tá doendo, só ardendo um pouco.
Só que a mulherzinha não me disse nada, e a Karen disse que eu tenho que passar álcool e talz. Eu não sei. Posha viads, faz quase seis anos que eu fiz o segundo furo pela primeira vez – esse é o meu segundo 2º furo – e eu não sei como proceder u.u
Depois eu ligo pra Daiane e pergunto. E aproveito pra chamar ela pra sair.
Vamos salvar o dia.
Meldels, eu não sou tão peituda assim, mas eu provei duas blusinhas lindas de bojo e ficaram bizarramente entaladas.
A primeira custava cinqüenta reais – eu saí com quarenta – e era dourada, um charme. Ficou bem nos peitos, mas ficou TERRÍVEL na barriga. Roupa pra mim tem que ser decotada e solta na barriga, barriga é terrible.
A segunda custava quinze e era preta. Tive que tirar ela por baixo, de tão apertada que ficou. E ela era daquelas coisas com costura ruim, então metade de um dos bojos descosturou nesse processo – se eu chamasse os bombeiros pra me desentalar teria que pagar pela blusa.
Posha viads, não comi nada hoje, tô morrendo de fome, mas não vou comer. Depois eu faço um chazinho de hortelã pra mim e pá.
E água. Tomar muita água.
Eu subi numa balança hoje – mas era uma máquina moderninha que indicava não só seu peso como também outras coisas que eu nem sei o que são, e precisava de ficha pra funcionar.
Percebendo o mico, saí correndo.
Talvez fosse um sinal pra eu não me pesar.
Aliás, eu não só fui em todas as lojas do calçadão que eu conheço – menos em três lojas de milionário, onde uma calcinha é cento e cinqüenta reais – como também dei a volta na praça e fui andando por uma rua desconhecida, mas só achei um brechó mofado lá. Com roupas pra velha magra. Quase me perdi.
Porque o mundo foi projetado pros magros? Por mais feia que a pessoa seja, se ela é magra, qualquer coisa fica bem nela.
É terrível ser gorda e não achar nada que fique bem em você – além de vestidos bem soltos.
O pior é que as roupas estão cada vez menores – o número 40 que eu vi lá, juro, não serve na Mariane que usa 38. Ela tem uma calça que é 42. Será que eu sou tão anormal assim por usar 48??

Voltei. As meninas estão na beira do rio, PELAMORDEDELS.
Que coisa ridícula. Que graça tem pescar? Que graça tem esses lugares retardados?
Elas deviam estar na porra da cidade e estar comigo. Ninguém tá comigo quando eu mais preciso.
Ah se arrependimento matasse.
A Karen estaria morta por ter me parido.
E eu estaria morta por ter feito essa porra de furo.
E mal dá pra ouvir música com esse brinco.
QUE ÓDIO.
Conspiracy of the world, wanna cry in someone's shoulder, runaway this fucking town, everything can let me down. –euqfis, e realmente cai como uma luva.
Caraaaaaaaca, eu provei uma blusa pra mulher muiiito mais velha. Eu jamais teria coragem de usar uma coisa dessas na rua. Era muito decotada, e de cetim, tipo "a noite vai ser boa".
Tá, talvez daqui a uns anos eu tivesse coragem de usar uma dessas.
Eu quero tanto passar o reveillon na 727, mas tenho certeza de que a Karen não vai deixar porque é com as gêmeas. Não que elas sejam as pessoas de quem eu mais gosto no mundo – mas são as pessoas mais próximas de mim que saem pra night.
Olha que ridículo, a Karen falou "então você conversa com o seu pai e vê se ele pode ir com você".
QUE MULHER SEM NOÇÃO, MELDELS.
EU TENHO QUASE QUINZE ANOS.
ELA NÃO PODE ACABAR COM A MINHA VIDA SOCIAL ASSIM.
Muitas meninas nessa idade não são mais virgens, saem a hora que querem, usam roupas de biscate.
E eu não nasci pra ser só mais uma coitadinha sem vida social que nunca namorou e praticamente nunca pegou ninguém.
Tô com medo de pentear a orelha D:
Eu fazia direto da última vez que furei a orelha.
uhassahusahas, pelo menos eu me divirto sozinha.
O Raffa vai morrer de rir disso:

"Lembrei da frase de um amigo meu que foi traído pela namorada: "A gente tá aqui paradinho, aí vem o destino e créu".
O destino me pegou de jeito então. Na velocidade cinco."

Meio que me inspirei das pérolas do enem. "A árvore tá lá paradinha, aí vem o homem é créu" IAHEOIEHAOAIHEOIHAE
Aah que dor de estômago. Eu tomei um sorvete hoje e não comi nada.
Bah, o sábado já tá perdido. São quase quatro horas. Vou dormir e depois escrevo.
Melhor: vou praticar projeção.
Bgs.


Voltei, 18:48.
Não consegui a projeção porque tinha muito barulho.
Devidamente dormida, alimentada e em condições razoáveis de humor, posso voltar a escrever :B
Fodeu, o papelzinho diz que tem que limpar três vezes por dia a orelha com "solução anti-séptica".
Será que se eu limpar com soro fisiológico adianta?
Mal não deve fazer.
Que desgraça pelada que eu fui me meter, meldels.
E olha que o lugar onde eu furei era confiável – ao contrário daquela farmácia suspeita onde eu furei pela primeira vez com a minha irmã. Deve ser por isso que a gente ficou com alergia :B

Limpei com soro, foda-se.
Orelha é uma coisa tão inútil, a gente não precisa de orelha.
Acho que hoje eu vou me dar uma folga – ou escrever só mais tarde.
Ainda são oito e vinte e eu não tô exatamente inspirada.
Eca, guardaram uma bisnaguinha com manteiga junto com as outras.
:'6
Minha orelha problemática tá doendo. Ela inflamou seriamente da outra vez que eu a furei.
What in the world does your company take me for ♫
Dani California me lembra meus sábados de 2006, quando eu ajudava a limpar a casa toda, depois ia ouvir rádio FM, escrever diário e músicas, ler os sete livros que eu tinha pego pra me distrair no fds.
Aliás, falando em livro, hoje eu entrei no meu sebo preferido – na verdade é o único que eu conheço – pra dar uma olhada nos livros. Tô caçando há milênios vários que eu já li e nem lembro o nome, e lembrei de um em particular chamado A Deusa Da Minha Rua.
É bem legal. É o nome de uma música antiga meio bonitinha e meio puxada pro brega, que eu só lembro que diz "A deusa da minha rua tem os olhos onde a lua costuma se embebedar". E é sobre um cara pobre que gosta de uma guria rica, aí ele tem um plano: simula um seqüestro pra salvar ela e posar de herói.
Só que os caras eram uns desconhecidos muiiito do mal, que resolveram seqüestrar ela de verdade. Aí ele e os amigos dele – inclusive a menina que gosta dele – ajudam a salvar a meninë rica.
8D
Ah, olha só, minha vó quer me proibir de fazer viagens astrais, o que vocês acham disso? D:
É, eu acabei contando pra ela. E ela vai contar pra Karen, mas foda-se. A Karen deve saber sobre isso o suficiente pra saber que é inofensivo.
Fala sééééééério. Eu sequer consegui mesmo fazer a tal viagem.
Preciso escrever um artigo pro blog em inglês. Vou postar dois artigos toda segunda.
Ninguém lê ele mesmo.
Preciso de parcerias @___@
E já sei pra quem eu vou oferecer parceria.

Prontíneo, escrevi um artigo \o/
Sou feliz, bjs.
Quase onze horas, acho que tô me sentindo inspirada.
And your eyes are black in my starlight, I'm the last of my kind, and as always I'm not addicted to you...
Que vontade de ouvir as músicas do ioh D:
Ué, o ioh não é de 2006? O.o
FADA-SE o ano. Não gosto de I'm Like A Lawyer With The Way I'm Always Trying To Get You Off, nem de I've Got All This Ringing In My Ears And None On My Fingers, e odeio we don't take this we write them, não suporto nem ouvir >.< mas o resto do CD é bom, posha viads.
*all: se você disser posha viads mais uma vez eu te dou um tiro*
uashauhsa
wouldn't you rather be a widowed or a divorcee? Style your way for fashion magazines, widowed or a divorcee? We don't fight fair! ♫
Você não preferia ser uma viúva do que uma divorciada? Vista-se como nas revistas de moda, viúva ou divorciada? Não lutamos honestamente :F
Posha viads (/me abaixa pra não ser atingida pelo tiro), o Ângelo (o gêmeo do Rô auheuahae) tem razão, o ioh é bem melhor que o fad ç.ç
Omg, não consigo escrever ouvindo fob.
I can take your problems away with a nod and a wave of my hand 'cause that's just the kind of boy that I am ♪
Eu posso acabar com seus problemas com um comando e um aceno da minha mão, porque esse é só o tipo de cara que eu sou.
Como a voz do Joe é limds.
Omg, meu sonho é colocar um brinco transversal na cartilagem da orelha – daqueles que parece que a orelha tá levantando halteres –, mas comofas pra dormir com aquilo? Coloca uma toquinha na orelha pro bagulho não enroscar em nada?
Que vontade de fazer wallpaper. Sinto muito, vou me dar folga hoje.
The truth hurts worse than anything; I could bring myself to do it to you ♫
A verdade fere mais que qualquer coisa. Eu poderia me persuadir pra fazer isso pra você.
Cara, vou sentir falta até das letras depressivas do Pete. Tipo "everybody shakes to this beat with a barrel down their throat". É tão limds.
Vou dormir cedo hoje, umas duas horas u.u
Ai, porra, tá coçando a orelha.
Well, isso é um sinal. De que eu não devo colocar piercing NUNCA.
Aë negões -q vou dormir.
Beijo galerë.
01:20 > dormindo cedo.

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